AS PEDRAS DE JADE

Durante anos, pesquisei, investiguei, procurei
Subi montanhas, explorei cavernas, fui até o fundo do oceano
Mas nada parecia novidade
Nada parecia me fascinar

Precisava de algo mais
Precisava de algo sólido, conciso, concreto
A busca incasável pela beleza rara me fez cansar
Parei, desisti, sentei e descansei.

Refiz as malas, era hora de voltar pra casa
Apanhei as chaves do velho Geep
O bilhete do avião
E parti em direção contrária

Na trilha uma vez percorrida
Os passos pisavam nas próprias pegadas
Do velho Geep meus olhos viajavam
Na vasta paisagem levemente árida

Animais percorriam o campo
Outros se deleitavam
Pássaros cantando ao longo
E a beleza mais pura foi avistada

Ao longe, algo muito brilhava
Atrasado, mudei meu curso de vida
Decidi!
Fui atrás do que tanto me fascinava

Duas belas pedras de Jade
De uma cor rara
Do verde mais vivo
Do brilho mais atraente

Tinham que ser minhas, tinham que me possuir
Algo parecia impossível, as pedras estavam presas
Seguras a uma face de pele macia e cabelos longos
E um corpo de curvas delicadas

Ahhh... essas pedras ainda serão minhas
A beleza rara e o brilho daqueles olhos
Ahhh... ainda estão marcados na memória
A distância não vai apagar a cor do verde real

Logo a distancia se encurta
Logo arrancarei da terra o par de jóias raras
Logo estarão em seu devido lugar de exibição
Logo estarão ao meu lado, comigo.

Poeta Nommad